15 março 2012

Marianne Moore (1887-1972)

SILENCE

My father used to say,
"Superior people never make long visits,
have to be shown Longfellow's grave
nor the glass flowers at Harvard.
Self reliant like the cat -
that takes its prey to privacy,
the mouse's limp tail hanging like a shoelace from its mouth --
 
they sometimes enjoy solitude,
and can be robbed of speech
by speech which has delighted them.
The deepest feeling always shows itself in silence;
not in silence, but restraint."
Nor was he insincere in saying, "`Make my house your inn'."

Inns are not residences. 

SILÊNCIO
O meu pai costumava dizer,
"As pessoas superiores nunca fazem visitas demoradas,
nunca tem de se lhe mostrar a campa de Longfellow
ou as flores de erva em Harvard.
Auto-suficientes como um gato -
levando a presa para a sua privacidade,
a cauda mole de um rato pendendo, como um sapato, da sua boca -

por vezes elas apreciam a solidão,
e podem ficar sem palavras
perante palavras que as deliciem.
O mais profundo sentimento manifesta-se no silêncio;
não no silêncio, mas na contenção."
Nem estava a mentir quando dizia, "Faz da minha casa a tua pousada".

Pousadas não são Moradas.

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