15 janeiro 2012

Ricardo Peña (1896-1949)


No sé qué dulzura vierte...

No sé qué dulzura vierte
tu soledad. Hay un eco
de rosas que nunca tuve
junto al rumor de tu pecho.

Es como el canto de un pájaro
que se recoge y en su vuelo
va despertando en el aire
lirios, cristales, luceros.

Sigo escuchando en tu pecho
no sé qué voz. Hoy el viento
es como un ángel que pasa
Con los labios entreabiertos.


Não sei que doçura semeia…

Não sei que doçura semeia
a tua solidão. Há um eco
de rosas que nunca senti
junto ao rumor do teu peito.

É como o canto de um pássaro
que se acolhe e no seu voo
vai no ar despertando
lírios, cristais, estrelas.

Sigo escutando no teu peito
uma voz que desconheço. Hoje o vento
é como um anjo que passa
com os lábios entreabertos.

Sem comentários:

Enviar um comentário