El dominio
Me asomo a la tarde, miro las nubes de soslayo,
desplazándose vistas y exaltadas sobre el pico de la montaña.
Se deslizan hacia el olvido de la mirada,
hacia el coro urdido por el silencio, o más allá.
En esta cárcel, mi condena,
la muerte está sentada al otro lado de la salida.
No me abandonará por ahora,
ella seguirá presa en mí, mientras afuera llueve
y el recordado azul del cielo se vuelve agua en los cristales.
O domínio
Debruço-me sobre a tarde, olho as nuvens de soslaio,
deslocando-se visíveis e pronunciadas sobre o cimo da montanha.
Elas deslizam até ao esquecimento do olhar,
até ao coro que o silêncio urde, ou ainda mais além.
Nesta prisão, condenação minha,
a morte está sentada do outro lado da saída.
Não me deixará por ora,
continuará presa a mim, enquanto chove lá fora
e o lembrado azul do céu se transmuta em água nos cristais.
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