Noche de amor
Noche
de amor. Bajo la sombra cómplice:
La
ingenua tentación. En la arboleda
El
motivo de vida va pecando
Como
un ensueño de precoz histeria,
Hay
quemantes sudores en las pieles:
Sorda
germinación en las arterias;
Protestas
en las curvas no labradas
Y
en tu pupila audaz, francas ofertas.
La
idealidad se tiñe de rubores
Como
un pálido lirio, de vergüenzas:
En
los lechos abiertos y manchados
Se
tiende la pasión. La noche arquea
Su
gran complicidad sobre la falta;
El
lirio de tu sexo se doblega,
Y
señala tu carne temblorosa
El
índice fatal de mis torpezas.
¡Oh
la sed de mis labios, cuyos besos
Recargan
la intención que nos rodea!
¡Oh
el carmín de tus labios, cuyo orgullo
Palidece
al fulgor de tus caderas!
Dame
tu cuerpo. Mi perdón de macho
Velará
la extinción de tu pureza,
Como
un fauno potente y pensativo
Sobre
el derrumbe de una estatua griega.
Diciembre
14, 1899.
Noite de amor
Noite de amor. Sob a sombra cúmplice:
A tentação ingénua. Na floresta
a razão da vida vai pecando
como uma fantasia precoce de histeria,
Há suores queimando na pele:
Surda germinação nas artérias;
Protestos nas curvas não esculpidas
E na tua pupila audaz, francas oferendas.
O ideal tinge-se de rubores
como um lírio pálido de vergonha:
Em leitos abertos e corados
ela tece a paixão. A noite arqueia
a sua grande cumplicidade na falta;
O lírio do teu sexo curva-se,
E marca a tua carne fremente
o indíce fatal das minhas torpezas.
Oh, a sede dos meus lábios, cujos beijos
Carregam a intenção que nos rodeia!
Oh, o vermelho dos teus lábios, cujo orgulho
Empalidece ao brilho dos teus quadris!
Dá-me o teu corpo. Meu perdão de macho
velará a extinção da tua pureza,
Como fauno portentoso e pensativo
No colapso de uma estátua grega.
Noite de amor. Sob a sombra cúmplice:
A tentação ingénua. Na floresta
a razão da vida vai pecando
como uma fantasia precoce de histeria,
Há suores queimando na pele:
Surda germinação nas artérias;
Protestos nas curvas não esculpidas
E na tua pupila audaz, francas oferendas.
O ideal tinge-se de rubores
como um lírio pálido de vergonha:
Em leitos abertos e corados
ela tece a paixão. A noite arqueia
a sua grande cumplicidade na falta;
O lírio do teu sexo curva-se,
E marca a tua carne fremente
o indíce fatal das minhas torpezas.
Oh, a sede dos meus lábios, cujos beijos
Carregam a intenção que nos rodeia!
Oh, o vermelho dos teus lábios, cujo orgulho
Empalidece ao brilho dos teus quadris!
Dá-me o teu corpo. Meu perdão de macho
velará a extinção da tua pureza,
Como fauno portentoso e pensativo
No colapso de uma estátua grega.
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